terça-feira, 12 de novembro de 2013

Aplicação de Gesso Acartonado na Construção Civil

A aplicação de gesso acartonado é uma tecnologia que vem ganhando expressão a cada dia no mundo da Construção Civil. 
É uma técnica que vem ganhando expressão principalmente nos países desenvolvidos e agora também nos países emergentes.
Para além da sua aplicabilidade ser vasta, o gesso acartonado é sobretudo usado em tetos falsos e na execução de paredes.
A utilização de gesso acartonado já é um pratica de há mais de um século nos EUA.



Vantagens de utilização de paredes em gesso acartonado:

  • Excelente isolante tremo-acústico, principalmente recorrendo ao uso de lã de rocha ou lã de fibra;
  • Boa durabilidade;
  • Versatilidade de forma;
  • Rapidez na Montagem;
  • Aceita qualquer tipo de revestimento;
  • Mais económica;
  • Facilidade em sua montagem;
  • Facilita na montagem de instalações elétricas e hidráulicas;
  • Aumento da produtividade;
  • Diminuição de espessuras, com ganho até 4%;
  • Radicalização de patologias, como fissuras e outras;
  • Diminui consideravelmente a quantidade de entulhos no momento de construção;
  • É um sistema muito leve com cerca de 25Kg/m2, ao passo que a alvenaria convencional pesa cerca de 180 à 195 Kg/m2;
  • O Gesso é um material que não propaga fogo, em caso de alto risco pode-se utilizar as placas de classe RF - Resistentes ao Fogo;
  • O nível de requinte é muito superior;

Desvantagens na utilização de Gesso Acartonado

  • Efeito que se tem quando se bate a porta;
  • Cultura dos usuários. As pessoas que vão utilizar esse tipo de material, normalmente não estão acostumados.

Anomalias que devem ser evitadas na execução

  • Guias com menos de 3 fixações;
  • Montantes fora do prumo;
  • Parafusos para dentro das chapas;
  • Distância de parafusos maior do que 30cm;
  • Distancia de parafusos e borda menor do que 1cm;
  • Quebra de chapas;
  • Distancia entre a chapa e o piso menor do que 1cmj;
  • Mao tratamento das juntas;
  • Aparecimento de bolhas.

Materiais utilizados em construções com gesso acartonado

  • Placa de Gesso;
  • Montantes;
  • Guias;
  • Raias;
  • Parafusos;
  • Fita;
  • Massa de preenchimento de juntas;
  • Perfil de teto;
  • Perfil de cantoneira;
  • Buchas;
  • Varão roscado, etc.

Tipos de chapas de gesso acartonado

  • Chapas Standard - Designado para as áreas secas;
  • Chapas hidrófugas - Para as áreas húmidas;
  • Chapas resistentes ao Fogo - RF;
  • Chapa perfurada - Absorção Acústica;
  • Chapas com forro removíveis - com revestimento em vinil.

Recomendações para usos de gesso acartonado

  • Seguir atentamente os processos;
  • Estudar bem os projectos de especialidade;
  • Utilizar equipamentos adequados;
  • Fazer a instalação com pessoas qualificadas;
Pode-se sempre recorrer ao reforço em madeira para garantir uma boa fixação de elementos, ou mesmos das instalações.

Etapas da execução de paredes em gesso acartonado

  • Verificar as condições para início dos trabalhos;
  • Fixação das Guias;
  • Colocação de montantes;
  • Fechamento da primeira face;
  • Colocação de reforços;
  • Colocação de isolamento termo-acústico (lã de rocha ou lã de fibra);
  • Fechamento da segunda face;
  • Tratamento das juntas.
O projecto deve prever:
  • O posicionamento das guias;
  • Localização das instalações hidro-eléctricas.



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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Casa Sustentavel

Compartilho com vocês um video que mostra a maqueta de uma casa sustentável.



youtube.com

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Aproveitamento de Águas Pluviais

Estamos em uma era em que muito se fala em sustentabilidade. Um dos temas mais falados e discutidos pelos defensores desta matéria é a ÁGUA.

A reutilização da água é um aspeto muito importante. Mas neste artigo vamos falar é de captação de água das chuvas para posterior utilização.

Abaixo temos um esquema com a descrição do processo de aproveitamento de águas pluviais:


Como podemos ver, o esquema está dividido em duas partes:
  1. Rede de água potável (Rede Pública);
  2. Rede de Águas Pluviais (Água das chuvas
1 - Rede de Água Potável - Como sabemos que não teremos um sistema de purificação eficaz da água que vamos recolher das chuvas, prevemos para usos mais específicos como cozinha, lavatórios e banho, uma ligação à rede pública, que chega até um depósito para o efeito.

2 - Rede de Águas Pluviais - Inicia-se com a água que escorre pelos  telhados e terraços, passando por um compartimento onde será filtrado/decantado e posteriormente depositado numa cisterna, que pode ou não ser subterrânea. Por meio de bombagem essa água é elevada até um depósito situado num ponto mais elevado. Desse depósito essa água será distribuída para descargas de autoclismo, celhas ou maquinas em lavandarias, rega de jardins, piscina, lavagem de carros, limpezas diversas etc..

Com este sistema dá para ter uma boa autonomia em termos de utilização de água e poupar na factura mensal do líquido.

Sugestões e comentários serão bem-vindos.



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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Burj Dubai - O Maior Edifício do Mundo



Burj Dubai, ou Burj Khalifa Bin Zayid, é hoje o maior edifício construído pelo homem no mundo. Este arranha-céu, com 828 metros de altura está localizado no Dubai (Emaar Blvd - Emirados Árabes Unidos).

A sua construção iniciou-se no dia 21 de Setembro de 2004 e foi inaugurado em 4 de Janeiro de 2010. A mudança de nome de Burj Dubai para Burj Khalifa deveu-se ao facto de Khalifa bin Zayed Al NahYan, xeque do emirado de Adu Dhabi, ter emprestado 10 milhões de dólares para a construção desta grande obra de engenharia.

É o edifício com mais andares até hoje, 163.

Curiosidades acerca desta construção

§ A quantidade de janelas de vidro colocadas no Burj Khalifa daria para fechar 20 estádios de futebol

§ A quantidade de energia eléctrica do Burj Khalifa é equivalente ao gasto de 500 000 lâmpadas de 100 W.

§ O Burj Khalifa possui o peso equivalente de 100 000 elefantes.

§ O Burj Khalifa necessita de 1.000.000 litros de água por dia.

§ A antena do Burj Khalifa pode ser vista a cerca de 100 km de distância

§ Visto de cima, o Burj Khalifa forma uma Flor-de-Lótus, sagrada no Oriente.

§ Para limpar todas as janelas de Burj Khalifa, seriam necessários, pelo menos, 4 meses.



Os Arquitetos que projetaram o edifício foram: Adrian Smith, William Frazier Baker, George J. Efstathiou,Marshall Strabala



Eis um vídeo que mostra o processo de construção do Burj Khalifa em forma de animação:




Fontes (Wikipedia)


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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Fundações Em Estacas

As Fundações em Estacas são consideradas como elementos estruturais e podem ser:

♦ Madeira
♦ Aço
♦ Betão

Podem ser armadas ou não.
São dimensionadas para suportar cargas verticais, horizontais e inclinadas.

UTILIZAÇÃO DAS ESTACAS

a - Transmitir as cargas de uma estrutura através de uma camada de solo de baixa resistência ou através de água, até uma camada de solo resistente que garanta o apoio adequado. A forma de trabalho das estacas assemelha-se aos pilares de uma estrutura. 

b - Transmitir a carga a uma certa espessura de solo de resistência não muito elevada, utilizando para isso o atrito lateral que se desenvolve entre o solo e a estaca. 

c - Compactar solos granulares para aumentar a capacidade de carga desses solos. 

d - Proporcionar escoramento lateral a certas estruturas ou resistir a forças laterais que se exerçam sobre elas (como o caso de pontes), nesses casos é comum utilizar estacas inclinadas. 

e - Proporcionar ancoragem a qualquer efeito que tenha a tendência de “levantar” a estrutura (estaca de tração). 

f - Alcançar profundidades onde não tenha a ocorrência de erosão ou outro efeito nocivo que comprometa a estabilidade da estrutura. 

g - Proteger estruturas marítimas contra o impacto de navios ou outros objetos flutuantes. 

CLASSIFICAÇÃO DAS ESTACAS 

A - Quanto à forma de trabalho: 

• Estaca de ponta: Capacidade de carga se dá com o apoio direto a uma camada resistente. 
• Estaca de atrito: Capacidade de carga se dá através do atrito lateral, produzido contra o solo adjacente. 
• Estaca mista: Utiliza os dois efeitos acima. 

B - Forma de instalação no terreno

• Cravação 
• Escavação ou perfuração do terreno 
• Reação ou prensagem 
• Injeção d’água 

TIPOS DE ESTACAS 

1 - Quanto ao material

 a – madeira 
 b – concreto 
 c – Aço 
 d – Mista: Madeira + concreto ou Concreto + Aço 

Categorias: 
 a – Estacas pré-moldadas: (Madeira, Aço, Concreto)
 b – Moldada in loco 
 c – Mistas (fundamentalmente pré-moldadas).  

CARACTERÍSTICAS DAS ESTACAS

 Nesta matéria estaremos abordando as características técnicas e executivas das estacas usualmente empregadas no mercado de trabalho. 

Estacas pré-moldadas: 

ESTACAS EM MADEIRA


• São utilizadas sempre abaixo do nível d’água do subsolo.

• Duração ilimitada abaixo do N.A., pois não sofrem o ataque de organismos aeróbios e organismos inferiores, que delas se alimentam, causando seu apodrecimento.

• Permitem uma emenda fácil, como pode ser visto abaixo.




Madeiras mais utilizadas

• Eucalipto 
• Aroeira 
• Peroba do campo (rosa) 

Diâmetros usuais

• 25 cm 
• 30 cm 
• 35 cm 
• 40 cm

Diâmetros aparentes

Comprimento disponível de 4 á 10 metros com possibilidade de emendas.

O diâmetro da estaca de madeira é determinado pela fórmula empírica

d = do + 0,02 x l

Onde:
do = diâmetro (de tabela) 
 l = comprimento

Cargas de trabalho x diâmetro:
Ø (cm)         C.T. (tf). 
25                   28 
30                   33 
35                   38 (*) 
40                   45 (*) 

(*) São consideradas 
especiais


DESVANTAGENS

• Dificuldade de encontrar. 
• Só para ser utilizada abaixo do N.A. 
• Ataque por microorganismos quando utilizada acima do N.A. 
• Limitações de carga. 
• Alto custo.

VANTAGENS

• Facilidade de emendas. 
• Duração ilimitada quando utilizada abaixo do N.A. 
• Oferece grande resistência a solicitação oriunda de levantamentos e transportes. 

ESTACAS METÁLICAS

Estas estacas no Brasil possuem 03 categorias: 
• Perfis (novos) 
• Trilho de trem (usados) 
• Tubos (novos ou usados)

Perfis

Podem ser utilizados isolados ou soldados como pode ser visto abaixo, formando a área que precisamos. 

Tubos

Podem ser preenchidos de concreto ou não e também podem ser cravados com a ponta aberta ou fechada.

Trilhos

São conhecidos como estacas “TR”. São trilhos de ferrovias que não servem mais como rolamento, ou seja, perdera 10% de seu peso original, os quais possuem uma ótima utilização como elemento de fundação profunda. 
Podem ser utilizados isoladamente ou conjugados.


DESVANTAGENS 

• Falta de conhecimento técnico do produto 
• Poucos fornecedores

VANTAGENS

• Não fissuram – não trincam – não quebram. 
• Fácil descarga e manuseio. 
• Custo do frete mais barato em vista de seu peso. 
• Pouca vibração de cravação. 
• Facilidade de emendas. 
• Podem ser utilizadas em galpões com altura de até 4,00 metros. 
• Elevada resistência à flexão e compressão. 

ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE BETÃO 

São segmentos de betão armado ou protendido com seção quadrada, ortogonal, circular vazadas ou não, cravada no solo com o auxílio de bate estacas.

Detalhe típico de uma emenda.



Este tipo de emenda deve ser utilizado em estacas onde além dos esforços de compressão atuam também os esforços de tração e flexão. 
É feita a superposição dos elementos, já com as luvas ancoradas nos mesmos, aplicando-se a solda em todo o contorno da emenda. 


DESVANTAGENS

• Dificuldades de transporte. 
• Devem ser armadas para levantamento e transporte. 
• Limitadas em seção e comprimento, devido ao peso próprio. 
• Dificuldade de cravação em solos compactos, principalmente em areais compactas. 
• Danos na cabeça quando encontra obstrução. 
• Cortes e emendas de difícil execução. 
• Exige determinação precisa de comprimento.

VANTAGENS

• Duração ilimitada quando abaixo do N.A. 
• Boa resistência aos esforços de flexão e cisalhamento. 
• Boa qualidade do concreto (pois é confeccionada em fábricas apropriadas). 
• Diâmetro e comprimento precisos. 
• Controle do concreto feito em laboratório. 
• Boa capacidade de carga. 


ESTACA MEGA

São conhecidas também como estacas de reação, sua utilização é feita para reforçar fundações e também em locais onde não podemos admitir vibrações.

São segmentos curtos, cravados um após o outro, justaposto por meio de um macaco hidráulico que reage contra um peso que pode ser a própria estrutura a ser reforçada.





ESTACAS DE BETÃO MOLDADAS “IN LOCO”: 


A - Estaca de Broca Manual

São executadas com o auxílio de um trado manual do tipo espiral ou cavadeira, em solos coesivos e sempre acima do N.A. 

Diâmetros:

 6” = 15 cm - 5 Ton 
 8” = 25 cm - 10 Ton 

Comprimentos: 5.0 a 6.0 metros. 


DESVANTAGENS 

• Concreto feito a mão (baixa qualidade). 
• Material de escavação mistura com o concreto. 
• Só pode ser executada em solos coesivos. 
• Só pode ser executada acima do N.A. 


VANTAGENS

• Elimina transporte de equipamento. 
• Facilidade de execução. 
• Baixo Custo. 



B - Estaca tipo Strauss: 

São estacas moldadas “in loco”, executadas com revestimento metálico recuperável, de ponta aberta, para permitir a escavação do solo. Podem ser em concreto simples ou armado. 
Como são estacas muito utilizadas no mercado da Construção Civil estamos colocando abaixo as características das mesmas, sugeridas pela APEMOL (Associação Paulista de Empresas Executoras de Estacas Moldadas no Local, do Sistema Strauss – 1979). 


DESVANTAGENS

• Não pode ser executada abaixo do N.A. 
• Concreto de baixa qualidade (feito à mão). 
• Muita lama proveniente escavação. 
• Execução lenta. 

VANTAGENS

• Simples Execução. 
• Baixo Custo. 
• Capacidade de carga e diâmetros diversos 


Esquema que mostra a colocação de estaca  Strauss com uso do equipamento adequado - Sonda de Perfuração, tripé de madeira e guincho acoplado a motor.








Fontes:
investpark.com.br
pedreirao.com.br
rftestacas.blogspot.com


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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Veja um exemplo de Construção Sustentável

Numa altura em que só se fala em sustentabilidade, não podia deixar de partilhar esse vídeo, que retrata a conciliação entre construções sustentáveis e de baixo custo. Essa é uma altura em que muito se fala sustentabilidade ecológica, e muito se tem verificado a procura por construir seguindo os parâmetros verdes ambientais, e se observa grande adesão por certificações ecológicas com o intuito de se conseguir bons parâmetros de qualidade.
O vídeo mostra a construção do estádio nacional de Brasília que consegue aconciliar arquitetura/engenharia com utilização de recursos renováveis, ventilação natural, e reaproveitamento de águas pluviais. Para ver o vídeo clique no link abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=heNjZpMxzRE


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domingo, 3 de novembro de 2013

Patologia das Alvenarias - Fissuração

INTRODUÇÃO   

Nos últimos anos, houve uma profunda mudança na maneira de construir, pois antigamente as alvenarias eram utilizadas como elemento resistente e de vedação e a sua  estabilidade e resistência eram definidos em função de sua geometria.

Com advento do concreto armado, ocorreram profundas alterações no comportamento das alvenarias. Hoje, os edifícios são mais altos e esbeltos, a concepção privilegia grandes vãos, há menos pilares e as lajes apresentam espessura reduzida. Essas ,características, sem dúvida, trouxeram implicações e tornaram as estruturas mais deformáveis, em paradoxo, com o advento de blocos vazados, tanto de cerâmica como de concreto mais resistente e dimensões maiores, o que reduziu a capacidade das alvenarias absorver as deformações. De fato, isso colaborou para o surgimento das patologias sem que estas mudanças fossem estudadas.

O que é alvenaria?

Entende-se por “alvenaria” a associação de um conjunto de unidades de alvenaria (tijolos, blocos, pedras, etc.) e ligante(s) que resulta num material que possuiu propriedades mecânicas intrínsecas capaz de constituir elementos estruturais. Nas alvenarias antigas, as unidades de alvenaria eram , vulgarmente, a pedra ou o tijolo cerâmico, eventualmente reforçadas com estrutura interna de madeira.

Classificação das Alvenarias

A classificação tipológica tem como objetivo facilitar a percepção do comportamento mecânico-estrutural e a origem das patologias. Para o efeito é possível agrupar paredes com idênticas características morfológico-construtivas, com respeito, nomeadamente, às unidades de alvenaria, às características de assentamento, às características do(s) ligante(s) e, fundamentalmente, às características da secção transversal, para definir tipologias de paredes. A análise da seção desempenha um papel fundamental no estudo das propriedades e comportamento das alvenarias pelo que uma classificação mais geral apenas se refere às características da secção transversal, nomeadamente, ao número de paramentos e ao seu grau de sobreposição.

Os tipos de classificação essencial são dois:
  1. Paredes de Vedação
  2. Paredes Estruturais

PATOLOGIAS DE PAREDES NÃO ESTRUTURAIS

No caso das paredes, entenda-se pois, por agora, como patologia não-estrutural aquela que corresponde a paredes das quais não depende diretamente a estabilidade de outros elementos construtivos. Esta opção resulta menos clara, do ponto de vista da designação, para as situações em que os defeitos das paredes não-estruturais resultam do deficiente.

Erros Humanos Comuns

  • Dificuldades na concepção do projeto;
  • Problemas originados por erro na fase de execução;
  • Má utilização após a execução.

Ações Naturais

  • Ações físicas (vento, temperaturas externas, presença de água, etc.);
  • Ações Químicas (oxidação, carbonatação, presença de água, presença de sais, chuvas ácidas, reações eletroquímicas, radiação solar);
  • Ações Biológicas (vegetais, animais,

Desastres Naturais

  • Sismos, ciclones, tornado, tempestades marítimas, tsunamis, erupções, avalanche, deslizamento de terras, etc

Desastres por Causas Humanas

Fogo, explosões, choques, inundações, etc.

FISSURAÇÃO DAS PAREDES DE ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL

Passo a citar causas de fissuras em paredes de alvenaria não estrutural. Estas causas são observáveis em paredes correntes executadas com os mais diversos materiais, mas é possível identificar um número reduzido de patologias que são exclusivas - ou têm manifestações particulares - de alguns tipos de materiais:

  • Recalques diferenciais de fundações - Acomodação diferenciais de fundações diretas, Variação do teor de umidade dos solos argilosos, heterogeneidade e deficiente compactação de aterros;
  • Cargas Externas (sobrecargas) - concentração de cargas e esforços;
  • Deformabilidade Excessiva da Estrutura - Pavimento inferior mais deformável que o superior, pavimento inferior menos deformável que o superior, pavimento inferior e superior com deformação idêntica, fissuração devida à deformação de consolos, fissuração devida à rotação do pavimento no apoio;
  • Variações Térmicas - fissuração devida aos movimentos das coberturas, fissuração devida aos movimentos das estruturas reticuladas, fissuração devida aos movimentos da própria parede;
  • Variações de humidade - movimentos revertíveis e irreversíveis, fissuração devido à variação do teor de umidade por causas externas, fissuração devido à variação natural do teor de umidade dos materiais, fissuração devida à retração das argamassas, fissuração devida à expansão irreversível do tijolo;
  • Alterações Químicas - hidratação retardada da cal, expansão das argamassas por ação dos sulfatos, corrosão de armaduras e outros elementos metálicos;
  • Ação Gelo Degelo - fissuração devido a condições climáticas muito desfavoráveis, fissuração devida à vulnerabilidade dos materiais;
  • Outros casos de fissuração - ações acidentais (sismo, incêndios e impactos fortuitos), retração da argamassa e expansão irreversível do tijolo, choque térmico, envelhecimento e degradação natural dos materiais e das, estruturas, paredes de blocos de betão (situações particulares), revestimentos, paredes com funções estruturais.

PATOLOGIAS EM PAREDES ESTRUTURAIS

Relativamente às patologias interessa identificar e distinguir entre patologias inerentes ao comportamento estrutural (aspectos relacionados com a concepção/construção) e patologias inerentes ao comportamento da alvenaria como material (dependente das características dos materiais utilizados, das técnicas construtivas, da tipologia da secção, etc.). 
No entanto, as patologias nas alvenarias estruturais manifestam-se, geralmente, como uma combinação destas vertentes, sendo por vezes difícil atribuir-lhes uma origem específica. 
As principais patologias das alvenarias, como material estrutural, relacionam-se frequentemente com:
  • fraca resistência à tração;
  • resistência à compressão muito dependente, do volume de vazios e, no caso, de paredes compostas, do grau de confinamento dos paramentos;
  • fraca resistência ao corte;
  • mecanismos de ruptura frágil. 
As patologias em paredes, como elemento estrutural, relacionam-se com fenômenos de instabilidade, local ou global, associados, geralmente, à:
  • deficiente integridade estrutural (fraca ligação entre elementos estruturais);
  • fraco embeiçamento na secção da parede;
  • esbelteza excessiva;
  • deficiente contraventamento;
  • reduzida ductilidade.
 Esses fatores explicam porque as fissuras constituem um estado patológico bastante comum 
em estruturas de alvenaria.

FISSURAÇÃO DAS PAREDES DE ALVENARIA ESTRUTURAL

 A fissuração pode ser considerada como causa mais frequente de falha de desempenho da alvenaria. As fissuras , entretanto , prejudicam , a estética , o conforto do usuário , a estanqueidade da construção , ou seja, as condições de serviços deixam de ser atendidas. 
 Com base nas causas de fissuras em alvenarias apresentadas, pode-se classificá-las em basicamente em três tipos: efeitos externos, mudanças volumétricas dos materiais e interação com outros elementos estruturais. 
Os efeitos externos compreendem principalmente a atuação das cargas variáveis e movimentação das fundações .
 O segundo tipo de classificação, refere-se às mudanças volumétricas, provocadas por retração, mudanças de temperatura e de umidade, etc. A interação da alvenaria com outros elementos estruturais causam fissuras, quando tais elementos retraem-se ou dilatam, ou quando induzem a deformações excessivas na alvenaria.


Fonte:
PATOLOGIA DAS ALVENARIAS
Causa / Diagnóstico / Previsibilidade


sábado, 2 de novembro de 2013

SISTEMA DE PAVIMENTAÇÃO INDUSTRIAL E SEUS COMPONENTES

Definição

Pavimentos Industriais são elementos estruturais, que têm a finalidade de resistir e distribuir os esforços verticais resultantes do carregamento ao sub-leito. São considerados como elementos de grande importância para a lógica de operações de unidades de produção industrial, visto que é sobre os pavimentos industriais que as atividades produtivas se realizam.

Essa classificação também estende-se para outros tipos de pisos como sendo os desportivos etc.

Composição

Os pavimentos industriais são geralmente composta por cinco camadas principais super postas com funções especificas dentro do sistema construtivo.

Na figura a seguir pode ver o esquema de estratificação dos pavimentos:


De seguida passamos a fazer a descrição das camadas, na tabela abaixo:


Classificação

A classificação dos pisos industriais pode ser feita de acordo com as caraterísticas das diversas tipologias de pisos industriais, levando em consideração os aspectos tecnológicos e comportamento dos materiais empregues, métodos de dimensionamento adequados para cada caso, e sobretudo a logística de execução dos pavimentos (processos construtivos e equipamentos). Isso pode ser considerado de extrema importância para que os profissionais envolvidos possam equacionar com exito todas as questões de definição do sistema mais adequado a utilização em cada caso específico, levando em consideração aspectos de qualidade, durabilidade e a economia desejada.

Classificação Quanto ao Reforço Estrutural

A classificação quanto ao reforço estrutural é baseada no agrupamento das classes de pisos de acordo com o sistema adotado para a estruturação das placas de concreto. Neste tipo de classificação podemos encontrar:
  1. Pisos Industriais de Betão simples - Sistema em que os esforços atuantes (tração e compressão) são resistidos apenas pelo betão, sem presença de armadura. Resultam em pavimentos de espessura elevada como correção da deficiência do betão a baixa resistividade para os esforços de tração. São pavimentos compostos por placas de betão de pequenas dimensões, apoiadas sobre a fundação ou sub-leito. As áreas pavimentadas recebem juntas serradas ou moldadas na betonagem para a indução de fissuração em pontos específicos, combatendo a retração, dilatação térmica e empenamento das placas. Um aspeto interessante, é a utilização de barras de transferência entre placas, para a melhoria do desempenho do pavimento evita patologias nas áreas das juntas e não descarateriza o pavimento como um sistema de pavimentação de betão simples, pois as barras de aço, não trabalham como armadura, sendo apenas utilizadas para transferir os esforços entre as placas. As figuras a seguir mostram respetivamente o sistema de piso de betão simples, sem utilização de barras de transferência e com utilização de barra de transferência:





Para o bom desempenho do betão nesse tipo de pavimento, é muito importante que a quantidade de cimento seja em elevada quantidade para combater os esforços de compressão e flexão. Por isso o factor água/cimento deve ser reduzido edeve-se adoptar o processo de cura adequada, para combater as fissuras por retração hidráulica.

      2.  Piso Industriais de Betão com Armadura Distribuída - São compostas por placas de betão e uma malha posicionada no terço superior destas com o objectivo de controlar a fissuração causada pela retração por secagem do betão, às variações de temperatura (dilatação higro-térmica). 
Tendo em foco várias experiências práticas pode-se dizer que a presença da malha no pavimento controla a pavimentação, como também apresenta uma resposta estrutural ao sistema de pavimentação.
A utilização das malhas pode reduzir consideravelmente o número de juntas necessárias, permitindo a construção de placas de até 30m de comprimento e 6m de largura, embora o comprimento usual seja de até 15m.


A titulo de Informação seguem ainda ilustrações de diversos tipos de aplicação em pavimentos que pode ser encontrados:

Betão Estruturalmente Armado


Betão Pro-tendido



Piso Com betão reforçado com Fibra





Fonte:
Monografia de Pavimento Industriais de Concreto
Rafael Cristelli

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